February 28, 2011 at 1:53 pm (Uncategorized)

A significação não fundamenta a verdade, sem tornar ao mesmo tempo o erro possíel. Eis por que a condição da verdade não se opõe ao falso, mas ao absurdo: o que é sem significação, o que não pode ser verdadeiro nem falso. Deleuze – Terceira Séria: da proposição. In. Lógica do Sentido

Permalink Leave a Comment

rainha

July 16, 2010 at 2:45 pm (Uncategorized)

Fui num cartomante que me disse que uma mulher de justiça entraria na minha vida.

Uma série de mulheres se sentiram aptas, não por mim, mas porque toda mulher gosta de uma historinha de príncipes encantados e se acha justa o suficiente pra ser uma rainha!

Permalink Leave a Comment

Dicionário: Desenvolvimento

June 9, 2010 at 9:49 pm (Uncategorized) (, , , , , )

Os habitantes das terras altas da Nova-Guiné revelaram-se, na verdade, exemplos de argúcia comercial – que eles usaram para preparar as mais extravagantes cerimônias “tradicionais”de que se tem lembrança.[…] Por mais que reclamem os burocratas neocoloniais ou os economistas do desenvolvimento, isso não constitui “desperdício” nem “atraso”: trata-se, precisamente, de desenvolvimento, do ponto de vista do povo em questão – sua própria cultura, em escala maior e melhor. “Sabe o que nós queremos dizer com desenvolvimento?”, perguntou um líde do povo kewa ao etnógrafo: “Queremos dizer a construção da linhagem, a casa-dos-homens, a matança dos porcos. Foi isso que fizemos”

Adeus aos Tristes Tropos do Marshall Sahlins

Permalink Leave a Comment

[errata]

June 1, 2010 at 10:39 pm (Uncategorized) (, )

descobri que quando tento escrever o que sinto, eu sempre tento deixar tudo coerente demais!!

Permalink Leave a Comment

aniversário do Zé

March 20, 2010 at 7:40 pm (Uncategorized) (, , , )

Por que eu não falaria também de mim.

É meu aniversário e me bate diversos sentimentos complicados. São, afinal, 25 anos de vida e não há no momento  nenhum balanço geral necessário. Há no entanto uma série de coisas que me vejo nos últimos dias que não são sentimentos que consigo ainda ponderar com capacidade.

Ano passado foi um ótimo ano pra eu conquistar diversas coisas que estava demandando. Maturidade pareceu um nome interessante pra realizar certas modificações. Ter mais coragem pra impôr meus desejos, aprender a me colocar aonde eu estou, aprender a dirigir, conseguir uma grana, criar objetivos e segui-los de forma mais determinada. Parece perfeito que tenha me recodificado em certos padrões que a gente aprende a respeitar dentro de uma ordem que, incondicionalmente, quer dizer estar mais serializado. No entanto, percebi que certos olhos brilhantes, desejos incondicionais e incondicionáveis, acabaram se perdendo no caminho. Até quando me divirto, poucas vezes choro de rir. Esse tempo foi algo que me deu realizações e muitas rugas. O próprio ativismo me parece muito menos interessante.

Trabalhar dentro do MinC foi algo que num me ensinou bosta nenhuma. Só me ensinou que realmente havia gente má e quem faz coisas estúpidas no mundo. Me ensinou também que a razão não é a palavra que deve me conduzir e que a justiça é prepotente tanto quanto eu submeto as pessoas quanto quando eu acho que eu não estou certo. Os estudos não fazem sentido mesmo e isso é algo que talvez até me atenha por um bom tempo. A revista me parece uma boa, vou aprender certas coisas processuais(é o que me parece que ela tenha a oferecer).

O amor já é algo mais complicado. Ando cada vez mais impaciente com as pessoas; compreensível não me parece um bom adjetivo pra nada no mundo. A maior parte das pessoas não são interessantes, a outra parte eu mal conheço. Mas mesmo assim, ainda me sinto um pouco carente, precisando de alguém pra trocar umas palavras razoáveis ou simplesmente para estar junto quando necessário. Alguém mais interessante talvez seja um tomo necessário pra eu me aguentar em pé no próximo ano.

Farei certas coisas nesse ano:  jardinar, estudar, pesquisar e reaprender a amar. E ponto final!!

Permalink 2 Comments

Delicionário: Samba e amor

March 18, 2010 at 6:25 pm (Uncategorized) (, , , )

Eu faço samba e amor até mais tar……de
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente inda se a………ma
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama – reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da benvinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tar……de
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade – que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã

Samba e amor – Chico Buarque

Permalink Leave a Comment

Praia da Estação

March 6, 2010 at 11:12 am (Uncategorized)

Minas agora tem praia… eeeeeee

Permalink Leave a Comment

paciência

February 16, 2010 at 10:36 pm (Uncategorized) (, , )

[…]e minhas questoes pessoais continuavam tão más quanto no dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, embora nunca o suficiente. A bebida era a única coisa que impedia um homem de se sentir para sempre atordoado e inútil. Todo o resto ia furando e furando sua carne, arrancando seus pedaços. E nada tinha o menor interesse, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses fodidos pelo resto da minha vida, pensei. Deus, todos eles tinham cus, órgãos sexuais e bocas e sovacos. Cagavam e tagarelavam, e todos eram tão inertes quanto esterco de cavalo. As garotas pareciam legais a certa distância, o sol resplandecendo em seus vestidos, em seus cabelos. Mas vá se aproximar e ouvir seus pensamentos escorrendo boca afora, você vai sentir vontade de cavar um buraco ao sopé de uma colina e se entrincheirar com uma metralhadora. Eu certamente nunca conseguiria ser feliz, me casar, nunca teria filhos. Inferno, eu nem mesmo conseguia um emprego como lavador de pratos.

Misto Quente – Bukowski

Permalink 2 Comments

sobre o conhecimento

February 9, 2010 at 4:59 pm (Uncategorized) (, , , , )

Todo pensador profundo teme mais ser bem do que mal compreendido. No segundo caso sua vaidade sofre talvez; mas no primeiro é seu coração, sua simpatia que repetem sem cessar: “Por que vocês querem viver tão duramente quanto eu próprio vivi?”

Além do bem e do Mal – Nietzsche apud Razão e Diferença – Marcio Goldman

Permalink 4 Comments

antropologia

February 9, 2010 at 12:59 am (Uncategorized) (, , , )

[…]. A Antropologia clássica, dos evolucionistas e Franz Boas, mal ou bem, sempre soube se colocar na áera de interesse das principais correntes do pensamento ocidental e, mesmo, da “cultura geral” dos segmentos mais sofisticados da população.Termos como totens e tabus, fetichismo e religiões, raças e racismo, tal qual refletidos pelos antropólogos, sempre encontraram boa repercusão. A antropologia contemporânea, ao contrário, vem se caracterizando por uma espécie de enclausuramento, de encerramento em si mesma. Os esforços visando participar nos debates contemporâneos não são capazes de esconder o fato de que uma hiperespecialização ao mesmo tempo temática e geográfica (consequência talvez inevitável do acumulo de materiais) parece recusar a ambição totalizadora da antropologia classica. Além disso, uma exacerbada discussão endogâmica acerca de conceitos e postulados tidos outrora como acima de dúvida (racionalidade, relativismo, antietnocentrismo, etx…) costuma afugentar o leitor não especializado – e, devemos confessar, algumas vezes mesmo o especializado. Não se trata, é claro, de dizer que  esses dois processos, hiperespecialização e endo-discussão, sejam absolutamente negativos;  pelo contrário, ambos possuem inúmeros aspectos positivos fundamentais. Tentei apenas delimitá-los como característicos de uma disciplina um pouco insegura de si mesma e que – esse é o ponto – parece sofrer de uma espécie de “complexo de culpa” por essa insegurança que contudo, e afinal de contas, não é obrigatoriamente negativa.

Razão e Diferença – Márcio Goldman

Permalink Leave a Comment

Next page »